
SIMPÓSIOS TEMÁTICOS
ST01 - NATURALIZAÇÃO, NORMALIZAÇÃO E RESISTÊNCIAS NA HISTÓRIA DE GÊNERO: EMBATES ENTRE O REAL E O IDEAL
Prof.ª Dr.ª Gisele Pereira de Oliveira (UPE – Campus Mata Norte)
Arthur da Nóbrega Santos (UFCG)
A performatividade dos gêneros são processos sócio-culturais que travam embates históricos de poder. Assim, lógicas normativas se instauram e regulam os/as sujeitos/as e seus corpos, criando uma coerência coercitiva de sexo-gênero-desejo. Dessa forma, aqueles/as que transbordam ou flutuam entre as naturalizações têm suas existências patologizadas no campo dos desvios. Entretanto, o espaço entre o “ideal” e o real produz uma matiz de dissidências que povoam a sociedade com suas resistências.
Vemos a necessidade de discutirmos esses temas, visto tanto a conjuntura política brasileira na qual direitos das mulheres, negros/as e LGBTs têm enfrentado dificuldades em se consolidar devido tanto ao fundamentalismo religioso conservador como a política de direita também conservadora. Além disso, visamos promover os debates e reflexões acadêmicos sobre o tema, visto a importância para sociedade e pela responsabilidade social da Universidade.
Desse modo, aceitaremos trabalhos que envolvam reflexões acerca dos gêneros, do feminismo, das heterossexualidades, homossexualidades, bissexualidades, lesbianidades, transsexualidades, afetividade, bem como construções históricas dos corpos, das relações afetivo-sexuais, performances, representações midiáticas e literárias dos gêneros e das sexualidades.
ST02 - LITERATURA E HISTÓRIA: REPRESENTAÇÃO, INSTERSECÇÕES E DIÁLOGOS
Prof. Dr. Arilson Silva de Oliveira (UFCG)
Prof.ª Dr.ª Gisele Pereira de Oliveira (UPE – Campus Mata Norte)
Os estudos entre história e literatura semprese deram comoum campo profícuo de reflexões. A literatura como ficção não tem a pretensão ou o compromisso de descrever, recriar ou discorrer sobre a verdade histórica. Entretanto, a sobreposição ou reincidência das representações de um período histórico, ou de uma sociedade, ou de qualquer dada realidade na literatura oferece um panorama apreensível e abrangente do que possa ter acontecido no contexto da(s) obra(s), ou do imaginário, da visão de mundo, do pensamento vigente no momento de produção. Nessesimpósio temático, acolheremos trabalhos que se voltem à interface entre a história e a literatura.
ST03 - HISTÓRIA E LITERATURA: POSSIBILIDADES E APLICABILIDADES DIDÁDICO-PEDAGÓGICAS
Prof. Mestrando Lenivaldo Idalino de Oliveira Júnior (EAD/UFRPE)
Rafaela De Alcântara Barros (UFPE)
Este Simpósio Temático (ST) tem como objetivo relacionar o ensino de história e literatura. Nessa perspectiva, percebe-se que o saber histórico escolar vem sendo constantemente reconstruído, fazendo com que novas fontes sejam pensadas e discutidas para analisar as lacunas deixadas pela humanidade no tempo e espaço. Portanto, entende-se que a diversidade de fontes vem transformando a maneira de pensar e analisar os acontecimentos históricos. Por isso, este ST visa discutir como a literatura pode ser utilizada como metodologia didática para as aulas de história. Pretende-se, a partir dele, reunir trabalhos que reflitam a história por meio de contos, romances e poesias, uma vez que o docente historiador deve reconhecer em suas fontes as aplicabilidades metodológicas para o ensino de história.
ST04 - HISTÓRIA, CULTURA E RELIGIÃO: NOVAS PERSPECTIVAS E ABORDAGENS
Mestrando Leon Adan Gutierrez de Carvalho (UFRPE)
Mestranda Rafaelle Cristine Custódia da Silva (UFRPE)
Este Simpósio Temático busca analisar a relação entre História, Cultura e as diversas religiões e religiosidades, refletindo sobre os discursos que as constituem e normatizam suas práticas (evidenciando um lugar social particular), as representações coletivas que produzem sentidos, imagens e conflitos; e sua relação com as fontes históricas e suas respectivas particularidades e necessidades teórico-metodológicas.
ST05 - MULHERES, GÊNERO E SEXUALIDADE NA HISTÓRIA CULTURAL
Pr.ª Dr.ª Eliana Calado (UPE - Campus Mata Norte)
Este simpósio temático tem como objetivo reunir e debater estudos e pesquisas (concluídos ou em andamento) com temáticas versadas sobre mulheres, gênero e/ou sexualidade na perspectiva da História Cultural, procurando discutir representações, apropriações e práticas realizadas no cotidiano pelos sujeitos.
ST06 - REPRESSÃO: A CULTURA DE VIGILÂNCIA NO ESTADO DE EXCEÇÃO
Mestranda Juliana Ferreira Campos Leite (UFRPE)
Mestranda Geane Bezerra Cavalcanti (UFRPE)
Mestrando Elton Flor da Silva (URFPE)
Dentro do Estado de Exceção a prática da vigilância é um fator de suma importância para a sustentação e manutenção da norma estabelecida. Desse modo, a vigilância enquanto prática, não só dos agentes do Estado, mas também do corpo social, possibilitam um monitoramento ostensivo das ações de cunho cotidiano. Os agentes do Estado se empenhavam em monitorar locais de grande e pequena circulação como: estações de trem, correios, transportes, clubes, escolas, associações de bairro, igrejas, etc. Os cidadãos considerados comuns também colaboravam com a vigilância, delatando vizinhos ou qualquer ato suspeito que lhe remetessem à subversão. Vale salientar que cada personagem desenvolve seus meios de ação, reproduzem conhecimentos compartilhados e desenvolvem seus próprios métodos em favor de um ideal, em sua grande maioria, político. Portanto, compreender essas práticas tomando-as como integrantes de um universo maior e mais complexo que caracterizariam os indivíduos como vigilantes é de suma importância para se discutir a sociedade durante os períodos considerados de exceção.
ST07 - RESISTÊNCIAS EM PERNAMBUCO NO SÉCULO XX: CULTURA, POLÍTICA E SOCIEDADE
Mestrando Marcos Alesandro Neves dos Santos (UFPB)
Mestrando Raphael Henrique Roma Correia (UFPB)
Mestrando Cláudio Roberto de Souza (UFPB)
Propomos com este simpósio temático recepcionar trabalhos que centrem suas analises nas múltiplas formas de resistências que ocorreram em Pernambuco durante o século XX. Tal período, reconhecidamente, possui uma realidade marcada por regimes políticos ditatoriais expressamente detalhadas por inúmeros trabalhos historiográficos. No entanto, uma necessidade, ainda pouco explorada, refere-se às reações, ou seja, às resistências de indivíduos desvinculados das elites, dos centros de poder, como as classes populares, leia-se, operários, mulheres, trabalhadores do campo, entre outros. Composta por ex alunos do curso de história da instituição que propõe o evento, esta proposta tem o intuito de aproximar pesquisas preocupadas com o Pernambuco nos novecentos e suas regionalidades. Abarcando, desse modo, trabalhos com viés atrelados, por exemplo, à história social, à micro história, à nova história política, às culturas políticas, enfim, uma história vista de baixo, dando espaços aos sujeitos historicamente silenciados. O espaço pretende ressaltar, ainda, o sortimento das fontes disponíveis ao estudo das temáticas, como os documentos oficiais, arquivos policiais, fontes orais, vídeos documentais e imagens.
ST08 - JORNAIS E IMPRESSOS: PARA UMA HISTÓRIA SOCIAL DO OITOCENTOS
Mestranda Andrea de Souza e Silva (UFRPE)
Mestrando Alisson Henrique de Almeida Pereira (UFRPE)
Mestranda Benvinda Mary da Silva Teixeira (UFRPE)
O simpósio é voltado para discussão de pesquisas situadas no período do Brasil Império. Constituem-se enquanto estudos de interesse para este simpósio pesquisas que utilizem o jornal como fonte da pesquisa histórica, a partir da compreensão de temáticas direcionadas a trabalhadoras e trabalhadores – em condição livre, liberta ou escrava – bem como suas estratégias/resistências no meio urbano; pesquisas voltadas à modernização da cidade, e espaços de sociabilidade a partir da atuação do poder de polícia, dos higienistas e da Educação/instrução relacionadas às ideias de “civilidade” e à influência do “progresso” na práxis citadina, com ênfase na perspectiva da História Social voltada para compreensão histórica a partir da atuação de trajetórias individuais, atuação de grupos políticos e práticas culturais do período oitocentista.
ST09 - HISTÓRIA, CULTURA E PROCESSOS SOCIAIS
Prof. Dr. Anderson Vicente da Silva (UPE - Campus Santo Amaro)
Este espaço se destina a agregar pesquisas concluídas ou em desenvolvimento que refletem e discutem fenômenos socioculturais em diferentes períodos cronológicos e diversos grupos sociais, tendo a História e a Antropologia como norteadora do debate. A importância da interdisciplinaridade para construção do conhecimento é compartilhado por diferentes campos de formação. Tendo em vista, que a História e Antropologia se aproximam em alguns temas relevantes para construção do conhecimento das Ciências Humanas, as visibilização de estudos, que buscam o diálogo entre estas duas áreas, permitem contribuir de maneira significativa com este contexto.
ST10 - PROJETOS DE INTERVENÇÃO EM ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA COMO PRÁTICA CULTURAL
Prof. Ms. Luiz H. Bonifacio Cordeiro (Leitorado Antiguo/UPE)
Prof. Ms. Sérgio de Corrêa Mendes Jr (Leitorado Antiguo/UPE)
O ensino de História Antiga, por muito tempo, foi visto como um meio didático de transmitir um conhecimento concluído e dado a ser apresentado aos alunos. No entanto, as pesquisas mais atuais nessa área demonstram que Teoria e Metodologia são duas questões primordiais para o desenvolvimento do ensino da antiguidade em conformidade com as inovações acadêmicas. Práticas pedagógicas interativas, dialógicas e críticas tornam-se mais eficazes do ponto de vista didático, mas também tornam-se práticas culturais, no sentido de estarem relacionadas às realidades sociopolíticas nas quais são executadas. A partir de intervenções no Ensino de História observam-se novas abordagens para questões há muito tempo relegadas a um esquecimento intelectual, como é o caso da História Antiga, assim como a reatualização de campos de estudo recentes, como a História do século XX. Nesse sentido, propostas de intervenção como práticas intra e extraclasse, extensões tanto no ensino básico quanto no superior, bem como debates teóricos acerca dessas inovações são pertinentes a este simpósio, que busca destacar não apenas a eficácia das intervenções no desempenho acadêmico dos alunos, mas seu impacto na própria historicidade do conceito e da noção de História Antiga como um campo de conhecimento atual.

Ilustração por João Martins de Athayd